A pedra natural, enquanto material imediato e acessível, utilizada em objetos e construções, tem acompanhado o homem desde o período pré-histórico e, em sua perenidade, vem registando a trajetória das civilizações. Inicialmente empregada na forma bruta, foi sendo, ao longo do tempo, dominada e transformada em delicado e profuso ornato.
Cantaria é a pedra que, tendo sido afeiçoada manualmente, com o uso de ferramentas adequadas, apresenta-se pronta para ser utilizada em construções e equipamentos. Atua ora como elemento estrutural, ora como ornamentação e, muitas vezes, atende às duas funções.
Cantaria é a técnica de cortar e preparar rochas para a construção, com efeitos decorativos e estrutural. É uma das mais antigas técnicas de construção. Grandes obras, como catedrais, pontes e castelos, foram construídas usando esta técnica.
Uma obra em cantaria tanto pode usar argamassa como pode ser no estilo pedra seca. O que diferencia a cantaria de outras técnicas mais rudimentares de construção com pedra, é exatamente a acuidade com que os blocos são cortados. Os ângulos tanto podem ser em 90 graus (em esquadro) como com outros valores pré-definidos, sempre visando o melhor encaixe.
Etimologicamente a palavra cantaria tem origem em canto, e o profissional que a prepara denomina-se canteiro. A associação à palavra canto (ângulo) mostra bem o objetivo mais importante da cantaria: preparar a rocha para uso como elemento construtivo.
Como elemento decorativo, as rochas são detalhada e cuidadosamente esculpidas, antes de se integrarem à construção. São verdadeiras esculturas que não possuem existência independente da construção onde se integram.